Como o príncipe D. Afonso Henriques tinha apenas 3 anos de idade quando o Conde D. Henrique morreu, D. Teresa assumiu o governo do condado (1112). Continuando a política seguida pelo marido, também nunca abandonou a ideia de ser rainha, esforçando-se o mais que pode para se tornar independente do reino de Leão e aumentar os seus domínios, chegando mesmo a invadir a Galiza e lutar contra a sua irmã D. Urraca.
Cerco de Guimarães:
Corria o ano de 1127. Nesse tempo governava a monarquia de Leão D. Afonso VII, filho e sucessor de D. Urraca, o qual para inutilizar os propósitos de D. Teresa, exigiu que esta lhe prestasse obediência, ao que ela se negou. Foi então que o monarca invadiu o condado e foi pôr cerco a Guimarães, onde se encontrava o infante D. Henrique. O cerco foi levantado com a intermediação de um fidalgo, de seu nome Egas Monis, que ficou por fiador da vassalagem do infante ao D. Afonso VII. Livre de perigo, o infante D. Henrique, depressa esqueceu a promessa, não só deixou de prestar vassalagem, como até ainda invadiu a Galiza.
Batalha de S. Mamede:
D. Afonso Henriques, que já contava 17 anos de idade, tinha-se armado a si próprio cavaleiro, 3 anos antes, na catedral de Samora (1125). Por esse tempo já muitos fidalgos, seus partidários, ansiavam por vê-lo tomar as rédeas do governo, descontentes pelas amabilidades que D. Teresa dispensava a um fidalgo galego – o conde Fernão Peres de trava.
Foi assim D. Afonso Henriques obrigado a intervir; exigindo que a mãe lhe entregasse a governação do condado, a que esta se recusou.
Então o infante, revoltou-se e marchou contra ela à frente das suas tropas, derrubando-a na batalha de S. Mamede, próximo de Guimarães (1128).
D. Afonso Henriques tomou conta dos negócios do condado a partir desta data. D. Teresa, segundo a tradição, recolheu como cativa, ao castelo de Lanhoso, e os seus principais partidários foram expulsos de Portugal.