A cultura do eucalipto tem sido, desde sempre, a “persona non grata” das culturas de floresta em Portugal, porventura, em todo o mundo, onde esta árvore é plantada massivamente. Os motivos, esses, são sempre os mesmos: Consumo de água e desertificação dos solos.
Na verdade, o consumo de água não é muito diferente de outras espécies. O problema está na sua enorme capacidade de adaptação ao meio ambiente. Em presença de água, o eucalipto cresce muito mais depressa, produzindo mais madeira mas, ao mesmo tempo, consumindo maiores quantidades de água, podendo também armazená-la para que possa ser utilizada em períodos de maior escassez.
Um enorme ponto a favor desta cultura resulta da análise de estudos que demonstram que, em Portugal, a árvore de eucalipto é a que tem maior capacidade de reter dióxido de carbono da atmosfera. Esta característica está relacionada com o crescimento rápido desta árvore, pois o dióxido de carbono é transformado em oxigénio, através do processo fotossintético que ocorre ao nível das suas folhas.
O eucalipto tem ainda a capacidade de realizar a fotossíntese durante quase todo o ano.
A combinação destas características fundamenta, então, a vantagem na detenção de dióxido de carbono do eucalipto e a sua contribuição para o meio ambiente.