O Canal de Sues liga o mar Mediterrâneo (em Port Said) ao mar Vermelho. Este canal tem aproximadamente 162 km de comprimento, 70 a 125 m de largura e 8 a 12 metros de profundidade. O mesmo divide o Egito africano e a Península do Sinai, que lhe pertence. Este canal é uma notável obra de engenharia e está integrado numa das mais importantes rotas do comércio mundial.
Em 1848 constituiu-se a sociedade internacional que permitiu a sua construção, o engenheiro-chefe das operações de construção era um francês, Ferdinand de Lesseps. A construção foi iniciada em 1859 e foi inaugurado a 17 de novembro de 1869 por Eugénia do Montijo, esposa de Napoleão III, rei de França. À altura na inauguração o Egito e França eram os proprietários do canal.
O controle do canal por um único do país foi extinto em 1888, por meio da Convenção de Constantinopla, que garantia, mesmo em período de guerra, a utilização do canal por qualquer nação.
Foi nacionalizado em 1956 pelo Egito, causando uma onda de protestos a nível internacional. Em junho de 1967, o canal foi ocupado por Israel na sequência dos conflitos israelo-árabes, tendo mesmo sido encerrado. Em 1974 o Egito recuperou-o com a retirada de Israel da região do Sinai, e reabriu-o. O canal encurta muito os cerca de 9000 km de navegação para travessia do cabo da Boa Esperança, na África do Sul entre o Índico e o Atlântico, rota que, no entanto, é ainda preferida pelos petroleiros oriundos do Golfo que, por uma questão de segurança, a preferem ao Suez.
Ao contrário do Canal do Panamá, o canal de Suez é destituído de comportas, isto deve-se ao facto de não haver desníveis ou diferenças quanto ao nível do mar ao longo do trajeto.