Uma operação swap é, em termos simples, uma troca ou partilha de riscos futuros entre duas partes, que podem ser entre empresas ou entre empresas e instituições financeiras.
Formalmente, uma operação de swap consiste num acordo em que duas partes trocam o risco de uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios previamente estabelecidos.
Operações swap são bastante comuns com posições envolvendo taxas de juro, moedas e commodities (mercadorias).
Vamos perceber como isto funciona com um exemplo:
A empresa X exporta toda a sua produção para os EUA e recebe em Dólares($), no entanto, todos os custos de produção e matérias primas são pagos em EUROS(€).
Outra empresa Z, que é importadora, cobra toda a sua receita em EUROS(€) , no entanto, todas as compras são feitas em Dólares($).
Como se percebe, no caso das duas empresas (X e Z), qualquer variação cambial, afetará diretamente o resultado dessas duas empresas, para bem ou para mal. Para salvaguardar grandes desvios no futuro, caso as taxas de câmbio variem muito, estas duas empresas podem acordar trocar o risco das moedas, de modo a que quando ocorrer uma variação no câmbio nenhuma delas estará exposta e não sofrerá grandes variações em seu lucro, sejam elas boas ou más.
Existem, como já referi, várias formas de swaps, todas com o objectivo de atenuar a imprevisibilidade futura em relação a valores de moedas, taxas de câmbios ou valores de mercadorias. Com o fim do acordo de Bretton Woods, em 1971, que decretou o fim do padrão-ouro (determinação de que a quantidade de dinheiro em circulação deveria ter lastro em ouro), as moedas dos países tornaram-se muito voláteis, dificultando as transações comerciais.