O recente acordo entre Hamas e Israel expõe, mais do que uma pausa nas hostilidades, uma mudança profunda: já não discutimos apenas fronteiras ou cessar-fogos, mas a própria conceptualização do que é o Médio Oriente. A geografia política desta região deixou de ser um mapa fixo e tornou-se um campo de forças em mutação, onde ideias, poderes e futuros entram numa silenciosa negociação permanente