A saúde mental dos habitantes da Faixa de Gaza é objeto de estudo científico há muitos anos. O agravamento do trauma a cada guerra, com o bloqueio económico, a falta de emprego e de perspetivas fora do território, a insegurança permanente e a falta de acesso a cuidados de saúde que se antevejam mais prolongados ou complexos são algumas das razões que levam a que os estudos apontem para uma incidência de depressão na ordem dos 50% para os residentes na Cisjordânia e 71% entre os de Gaza. O Expresso falou com Cynthia Matildes, coordenadora de saúde mental no sul de Gaza, pelos Médicos Sem Fronteiras