Segundo a mais recente avaliação da Agência Internacional de Energia os Estados Unidos da América vão tornar-se no maior produtor global de petróleo nas próximas duas décadas.
No seu relatório World Energy Outlook 2012, a agência prevê ainda que os combustíveis fósseis vão continuar a ser a principal fonte de energia no mundo e que a Terra encaminha-se assim para um aumento de 3,6 graus Celsius na sua temperatura média a longo prazo.
A principal transformação salientada pela Agência Internacional de Energia (AIE) vem do desenvolvimento da exploração de hidrocarbonetos não-intencionais na América do Norte – como o gás e o petróleo extraído de formações de xisto nos Estados Unidos, ou as areias betuminosas no Canadá.
O relatório prevê que já em meados dos anos 2020 os Estados Unidos ultrapassarão a Arábia Saudita como o maior produtor mundial de petróleo. Por volta de 2030, o país se tornará um exportador bruto de petróleo e será autossuficiente em energia. Hoje, os EUA importam 20% da sua energia.
"A América do Norte está à frente de uma vasta transformação na produção de petróleo e de gás, que afetará todas as regiões do mundo", afirma Maria van der Hoeven, diretora executiva da AIE, num comunicado.
As necessidades energéticas do mundo vão aumentar em um terço, em relação às atuais, com a maior parte desta subida (60%) concentrada na China, Índia e Médio Oriente. Nos cenários da AIE, os combustíveis fósseis têm tudo para se manter à frente do bolo energético global, especialmente devido aos subsídios de que beneficia. Em 2011, atingiram cerca de 411 mil milhões de euros – seis vezes mais do que os subsídios às renováveis, que somaram 69 mil milhões de euros.
Ainda assim, as renováveis deverão chegar à segunda posição na produção da eletricidade até 2015. O carvão permanecerá em primeiro lugar pelo menos até 2035, com um aumento esperado de 21%, especialmente na Índia e na China.
(Reuters)