A expressão refere-se aos diamantes contrabandeados para financiar a guerra civil na Serra Leoa – Africa – na década de 1990.
A Guerra Civil na Serra Leoa teve inicio em 1991, pela mão da Frente Revolucionária Unida (FRU), sob comando de Foday Sankoh. Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais de 2 milhões de pessoas foram deslocadas durante os 11 anos de conflito. Os países vizinhos foram recebendo os refugiados que tentaram escapar à guerra civil. O conflito tornou-se conhecido por muitos dos massacres, amputações de membros, uso massivo de crianças-soldado e tráfico de diamantes de sangue como um método de financiamento das forças rebeldes. A guerra foi declarada oficialmente como encerrada em 18 de janeiro de 2002.
A guerra civil foi o argumento para o filme de 2006 "Diamante de Sangue", estrelado por Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou e Jennifer Connelly.
Presidente da Libéria (no cargo de 1997 a 2003), Charles Taylor foi acusado de ter arquitetado e aplicado um plano para obter o controlo da Serra Leoa, através de uma campanha de terror, com o objetivo de explorar as reservas de diamantes do país. Os crimes que lhe foram atribuídos terão sido cometidos entre 30 de novembro de 1996 e 18 de janeiro de 2002.
A acusação sustentou que Taylor armou os rebeldes da Frente Unida Revolucionária em troca dos designados "diamantes de sangue" extraídos ilegalmente. Terá ainda enviado forças armadas liberianas para combaterem ao lado daqueles rebeldes.
2012-04-26
O ex-Presidente da Libéria Charles Taylor foi considerado culpado pelo Tribunal Especial para a Serra Leoa, em Haia, de ter apoiado os rebeldes da Frente Unida Revolucionária (RUF) da Serra Leoa e de ter encorajado aos crimes cometidos durante a guerra civil.
Os estatutos do tribunal não preveem a prisão perpétua, embora não estabeleçam um limite para a duração da pena.
Decidido está que, se for condenado a uma pena de prisão, Taylor, de 64 anos, vai cumprir a sentença no Reino Unido.
Em 26 de abril de 2012 foi considerado culpado de crimes de guerra e contra a humanidade.
"O tribunal condena-o unanimemente a uma pena única de 50 anos de prisão", disse o juiz Richard Lussick, numa audiência pública em Leidschendam, nos arredores de Haia."O acusado é responsável por ter ajudado e encorajado, além de planeado, alguns dos crimes mais odiosos da história da humanidade", acrescentou.