O salafismo (termo árabe que quer dizer "predecessores" ou "primeiras gerações") é um movimento reformador islâmico que surgiu no Egito no final do século XIX que marcou um período denominado de renascimento cultural árabe.
O primeiro objetivo era reformar a doutrina islâmica de modo a adaptá-la aos novos tempos. Foi o resultado do intenso contacto que começou, desde os inícios do século XIX, entre o mundo islâmico e o mundo ocidental e pretendia chamar a atenção para uma via de desenvolvimento especificamente islâmica.
Os precursores deste movimento começaram por ser moderados, tentando a reforma do Islão pela doutrina original desta fé, tentando afastar as influências posteriores - que teriam alterado, em seu ponto de vista, o Islão. Desta maneira, foram precursores neste aspeto dos movimentos agora chamados de forma genérica como islamitas, embora estes tenham uma conotação mais política do que o salafismo, além do fato de que muitos destes movimentos ditos islamitas evoluíram para posições claramente opostas às teorias iniciais e inclusivas do salafismo. Alguns grupos islamitas até mesmo se apropriaram deste nome de forma abusiva, tentando deste modo associar suas teorias a uma aura reformista islâmica predecessora, e assim limpar a imagem de seus movimentos com esta designação, ainda que invertendo por completo as bases ideológicas originais deste movimento.
Dentro das suas figuras mais proeminentes podemos incluir um grupo de intelectuais da Universidade de Al-Azhar, do Cairo, onde se destacam claramente, Muhammad Abduh (1849-1905), Jamal al-Din al-Afghani (1839-1897) e Rashid Rida (1865-1935).